Testemunhos sobre Desporto (performance)

O meu nome é Isabel dos Reis e tenho 43 anos. Desde os 24 que tenho tido, constantemente, problemas de saúde que têm afetado a minha qualidade de vida e o meu bem-estar.

 Tudo começou com umas dores nas costas; a partir daí foi como uma bola de neve que arrastava outro tipo de problemas, incluindo a parte psicológica, como uma depressão que ainda hoje não está superada. Durante esse tempo tive, além das dores nas costas, na zona lombar, entorses nos pés, dores e inflamações nos joelhos, nódulos no peito, quisto no ovário e outras coisas que muitas outras pessoas costumam ter. Uma das maiores dificuldades era conseguir relaxar e/ou dormir porque tinha dores quando estava sentada ou deitada. Tive de alterar a posição de dormir; gostava muito de dormir de lado, era mais relaxante, mas só conseguia para um dos lados, o esquerdo, e só quando não estava muito mal. Também tinha dificuldades nas tarefas domésticas e na jardinagem e horta, um dos meus hobbies preferidos, e no meu trabalho com crianças pequenas.

 Na verdade, durante todo este tempo, a saúde (ou falta dela) tornou-se o eixo em volta do qual toda a minha vida girava, consumindo-me muito tempo, dinheiro e energia. A minha qualidade de vida era muito má, porque toda esta situação me fazia sentir incapaz e, consequentemente, infeliz e deprimida, o que afetava as minhas relações familiares e sociais. Era um ciclo que não conseguia quebrar. Os meus sentimentos alternavam entre a revolta e a comiseração, mas não conseguia aceitar tantas limitações sendo tão jovem, porque eu sempre fui uma pessoa com muita energia, que gostava de viver a vida intensamente usando o corpo, adorava desporto e a minha paixão era dança… Nos momentos de esperança pensava “eu tenho que vencer isto”, porém, a medicina convencional não tinha resposta para mim, apenas conseguia aliviar os sintomas temporariamente e resolver alguns dos problemas que (agora reconheço) provinham, direta ou indiretamente, na coluna.

 Ao longo de vários anos, recorri a vários tipos de tratamentos, tanto tradicionais como alternativos, “corri tudo”, como se costuma dizer. A maior parte foram um desperdício de tempo e dinheiro, mas comecei a perceber o tipo de tratamento que funcionava comigo, e nos últimos tempos encontrei as pessoas certas. Houve 3 especialistas, todos eles fisioterapeutas da medicina tradicional, mas que usavam já outro tipo de práticas menos convencionais em complementaridade, que muito me ajudaram. Estes tinham em comum uma abordagem que consistia em tratar o doente e não a doença (na linha da quiroprática), ou seja, viam o meu problema como um todo, ao contrário da medicina convencional, que se centrava na parte que me queixava, normalmente as costas ou os joelhos. Estes também me ajudaram a perceber a relação entre o que pensava e sentia e a minha saúde, bem como a influência do que comia ou bebia. Esta abordagem teve resultados positivos e levou-me a querer saber mais sobre esta perspetiva, e então estudei o assunto. Contudo, estes especialistas diziam-me que eu necessitava de um tratamento mais especializado e continuado, aconselhando-me a quiroprática. Eu já tinha lido algo sobre esta medicina e logo achei que podia me ajudar. Mas decidir-me não foi fácil porque necessitava de tempo e dinheiro suficiente…

No ano passado cheguei a um ponto em que feri o meu estômago por recorrer aos analgésicos e inflamatórios para aliviar as dores para conseguir dormir. Foi então que decidi que tinha de fazer algo por mim, não podia continuar assim… e comecei os tratamentos quiropráticos na Clínica Nova Vida. Na verdade, tem sido um percurso ascendente em direção a uma melhor qualidade de vida.

 O que senti, assim que fiz os primeiros ajustes, foi que um peso enorme me saiu dos ombros, literalmente, pois há tantos anos que sentia tanta tensão na cervical que já me habituara; nos períodos de maior stress ela era tanta que até sentia picadas. Pelo que percebi, a minha coluna estava toda torcida (os fisioterapeutas já me tinham alertado para esse facto), os quiropratas chamavam-lhes de subluxações. Também consegui logo dormir para os dois lados, que bom… aquela era a minha posição natural, da qual nunca me desabituara. No entanto, mesmo aos 6 meses de tratamento, as dores na lombar ainda persistiam, houve alturas em que até pioraram, mas eu confiei nos Doutores porque percebia a sua filosofia, porque o que me tinham explicado não era novidade para mim, já entendia aquela linguagem. Gradualmente, com alguns retrocessos (que coincidiam com as alterações nos tratamentos ou na minha vida, ou ambos) a minha saúde foi melhorando e as dores na lombar diminuindo… e cada vez me sentia mais resistente, física e psicologicamente.

 Neste momento, praticamente não tenho limitações no dia-a-dia; durmo muito bem, pois as dores diminuíram substancialmente e por isso consigo relaxar. Há dias em que não tenho mesmo dores e, quando as tenho, sei que é por me esforçar para além das minhas capacidades (para mim, é um vício usar o corpo no limite), mas cada vez aguento mais e, por isso, já faço praticamente todo o desporto que desejo e… JÁ DANÇO! Ao iniciar o tratamento foi-me dito que tinha hipóteses de recuperar 50% a 75%, considero que já estou a 80%! Psicologicamente, sinto-me mais otimista a maior parte do tempo, apesar de estar a passar pelo período mais conturbado e inseguro que vivi até hoje. Agora, quando tenho de enfrentar problemas, tenho mais confiança, e quando me sinto em baixo, não é tão profundo e recupero mais rápido. Estou a pensar em deixar a medicação psiquiátrica; já fiz reduções anteriormente em períodos em que me sentia tranquila e correu bem, estou confiante… Sentir-me fisicamente capaz faz-me sentir poderosa, e eu sempre soube que isso era muito importante para mim, porque gosto de me sentir em forma e bonita!


Isabel Reis

Profissionais-do-Centro-Quiroprático-Nova-Vida

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